quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

No Morumbi



Chego, despeço dos desconhecidos do ônibus (um paulista e um carioca) e vou procurar minha entrada. O mar de gente é interrompido por ilhas de cambistas que vendem tudo que você pode imaginar com Madonna estampada. São camisas, capas de chuva, toalhas, bonés, pôsteres e relógios de parede! Só não tinha ninguém vendendo ingresso. Intriga da oposição esse lance de “na porta tem VIP por 50 reais”. Quem inventou isso foi um fã amargurado de Mariah Carey. Só tinha gente comprando ingressos, ok?

Depois de passar pela pior revista do mundo (o segurança não viu que eu estava de mochila!), estou dentro e direto para a lojinha oficial. Compro um tourbook, um óculos e bottons. Saio correndo pra pista e me ajeito no meio da galerinha que já está lá. Meu lugar é bom. Mais pra trás, mas um pouquinho à direita do palco apenas.

O DJ Paul Oakenfold sobe ao palco. O set dele é bem fraco. Tem Britney, Nelly Furtado, Red Hot e White Stripes. Até anima o pessoal. Mas não precisa ser nenhum gênio para montar aquilo. O povo praticamente o ignora e, com o tempo passando, começam a dar tchau pro cara. Madonna está duas horas atrasada agora. Algumas vaias começam a ser ensaiadas, surge um coro que grita “Piranha! Piranha!” e uma moça atrás de mim diz que todos devíamos ficar de costas quando ela subisse ao palco. Até parece!

O palco é pequeno. Deu até dó de quem está lá atrás na pista. Há apenas um cubo no centro dele e as luzes parecem muito baixas, a parafernália parece se concentrar no teto. Não parece que ele é o tão famoso palco de Madonna. Mas when the lights go down...



Algo está definitivamente errado no palco. A equipe verifica e reverifica coisas toda hora e uma placa do telão não está funcionando (o último teste acontece bem antes do show). Mas parece que está tudo certo e, para provar, a luz se apaga.