Assim que confirmados shows de Madonna no Brasil, eu entrei em pânico. Como bom fã, queria ir, claro. Mas, como bom estagiário, sabia que não seria barato. Com um certo pesar, mas com certeza da escolha, decidi não ir. Ia ser bem caro e eu tinha outras prioridades.
Todos os meus amigos ficavam de queixo caído com isso. Sabem como eu gosto de Madonna e não podiam acreditar que eu ia perder os shows sem mesmo tentar. Às vezes nem eu. Ela está no topo daquela listinha secreta de ídolos que você é capaz de loucuras pra ver ao vivo.
Aí saiu a relação de preços. O ingresso mais caro de todos, a Pista VIP, era 600 mangos. De cara para o palco. Meia-entrada 300. Nem era caro. Mas tinha que pagar agora e à vista. Propus que meus pais dividissem o preço e me dessem de aniversário e/ou Natal. Os dois aceitaram e eu fiquei muito feliz!
Então vamos lá: 14 de dezembro no Rio ou dia 18 em São Paulo. Dia 18, claro. O Rio é muito quente – e o show vai ser em dezembro – e, bom, só tem cariocas. Dá-lhe São Paulo. Problema que o site pra comprar era uma bosta. Cabem 140 mil pessoas no Morumbi e 110 mil fizeram cadastro para compra. Cada pessoa pode comprar até 6 ingressos, ou seja, vai dar merda. E dito e feito.
Vendas começaram meia noite e eu desisti de tentar as 4h. Dia seguinte, segui tentando, no trabalho, de 9h até as 18h. O site não me deixava avançar muito. Quando, finalmente, pedia minha senha – cadastrada em julho! – falava que eu não estava cadastrado. Quase morri. Ingressos esgotados e fim. Pronto, não vou mesmo.
E eis que surge mais uma data em São Paulo, dia 20. Volto a tentar e também não consigo comprar. Aparece alguém que conseguiu e tá vendendo uns ingressos fudidos de arquibancada por setenta fucking reais a mais. Hesito, mas digo “não, obrigado”.
Na gangorra de emoções de vou/não vou, aparece mais uma data no Rio e outra em São Paulo. Por causa do site de merda, agora vendas só por telefone. Já são cinco shows no Brasil, nenhum outro vai aparecer. É agora ou nunca. Vendas começaram meia noite de um sábado. Desmarquei tudo com meus amigos e fui acampar ao lado do telefone.
Aleluia
Não antes de 70 tentativas (sim, eu fui marcando em um papel), uma mocinha muito simpática me atendeu. Meia noite e vinte e cinco, meu ingresso tava comprado e eu tava dando piruetas de felicidade no meu quarto.
Todos os meus amigos ficavam de queixo caído com isso. Sabem como eu gosto de Madonna e não podiam acreditar que eu ia perder os shows sem mesmo tentar. Às vezes nem eu. Ela está no topo daquela listinha secreta de ídolos que você é capaz de loucuras pra ver ao vivo.
Aí saiu a relação de preços. O ingresso mais caro de todos, a Pista VIP, era 600 mangos. De cara para o palco. Meia-entrada 300. Nem era caro. Mas tinha que pagar agora e à vista. Propus que meus pais dividissem o preço e me dessem de aniversário e/ou Natal. Os dois aceitaram e eu fiquei muito feliz!
Então vamos lá: 14 de dezembro no Rio ou dia 18 em São Paulo. Dia 18, claro. O Rio é muito quente – e o show vai ser em dezembro – e, bom, só tem cariocas. Dá-lhe São Paulo. Problema que o site pra comprar era uma bosta. Cabem 140 mil pessoas no Morumbi e 110 mil fizeram cadastro para compra. Cada pessoa pode comprar até 6 ingressos, ou seja, vai dar merda. E dito e feito.
Vendas começaram meia noite e eu desisti de tentar as 4h. Dia seguinte, segui tentando, no trabalho, de 9h até as 18h. O site não me deixava avançar muito. Quando, finalmente, pedia minha senha – cadastrada em julho! – falava que eu não estava cadastrado. Quase morri. Ingressos esgotados e fim. Pronto, não vou mesmo.
E eis que surge mais uma data em São Paulo, dia 20. Volto a tentar e também não consigo comprar. Aparece alguém que conseguiu e tá vendendo uns ingressos fudidos de arquibancada por setenta fucking reais a mais. Hesito, mas digo “não, obrigado”.
Na gangorra de emoções de vou/não vou, aparece mais uma data no Rio e outra em São Paulo. Por causa do site de merda, agora vendas só por telefone. Já são cinco shows no Brasil, nenhum outro vai aparecer. É agora ou nunca. Vendas começaram meia noite de um sábado. Desmarquei tudo com meus amigos e fui acampar ao lado do telefone.
Aleluia
Não antes de 70 tentativas (sim, eu fui marcando em um papel), uma mocinha muito simpática me atendeu. Meia noite e vinte e cinco, meu ingresso tava comprado e eu tava dando piruetas de felicidade no meu quarto.